Monday, March 12, 2007

Freud Explica

Como já é sabido por todas as pessoas que lêem esse blog, a minha mãe estuda psicologia e eu sou constantemente alvo de análises! Dessa vez, ela decidiu usar do behaviorismo em mim, condicionando-me a digitar um trabalho para ela em troca de uma recompensa (dinheiro). É claro, que perante tais circunstâncias, eu nao poderia deixar a coitadinha frustrada, confere?
Enfim, embora a minha mãe esteja ainda no segundo período, o trabalho era uma análise interpretativa mega complexa sobre um livro de Freud, a Interpretação dos sonhos, e eu quase piro a tarde toda estudando id, ego e superego. E como de tudo pode-se extrair uma coisa boa, ai vai a lição do dia que Freud me deu:
"Segundo Laplanche e Pontalis, recalque é a operação pela qual o sujeito procura repelir ou manter no inconsciente representações, pensamentos, imagens, recordações, ligadas a uma pulsão - suscetíveis de proporcionar prazer por si mesmas, ameaçaria provocar desprazer relativamente a outras exigências. Pensando no inconsciente do ponto de vista dinâmico entre a moção que impulsiona e o recalcamento que impede, a fonte de excitação receberá o nome de representante recalcado. E o resultado corresponderá às escapadas irreconhecíveis do inconsciente subtraídas da ação do recalcamento. Esses derivados do recalcado são os retornos do recalcado, ou produtos do inconsciente.
(...)É somente ao receber significação que o sujeito vivencia o caráter traumático e acontece o recalcamento propriamente dito (recalque secundário). Como foi dito anteriormente, aquilo sobre o qual o recalcamento incide, é o representante psíquico da pulsão e não sobre a pulsão. A pulsão tem dois representantes psíquicos: o representante ideativo e o afeto. O afeto nunca é recalcado, o que é recalcado é o representante ideativo ao qual um afeto se liga.".
Psicólogos por favor pronunciem-se! Isso quer dizer que se um afeto que estava no inconsciente vier ao consciente, ele não podera sofrer recalque, certo? Sob essa perspectiva o amor que surge com força do inconsciente não pode ser desprezado, apenas transferido?
Isso explicaria as tranferências de amor e ódio de uma pessoa pra outra, e aquela sensação de vazio quando se descobre que se ama um canalha! Ao mesmo tempo que você quer deixar de amá-lo, não sabe onde colocar aquele sentimento tão intenso.
Ai meu deus, antes de acabar o curso da minha mãe eu ainda surto!
[divagações freudianas mode on]

2 Comments:

Blogger Rafa said...

eu amo freud, mas juro q teu post me deixou com uma baita dor de cabeça.

arf (th)

9:53 PM  
Anonymous Anonymous said...

Bem que imaginei... "isso é alguma pesquisa", já estou acostumado ao estresse pré e pós trabalhos de Facul/Univer/Pós/Mes/Dout. É palpite na monografia de um, ajuda a digitar um trabalho de pós-graduação do outro, falta de contato por conta do mestrado, fora a analise de formatação dos textos claro, etc...
Mas com tudo isso me divirto muito, são surtos, pirações, loucuras mesmo, mas depois são sorrisos, alegria, realizações, vale muito a pena.

:*

7:24 AM  

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